Quedas de raios em Mairiporã aumentaram 26% este ano

O NÚMERO de raios que caíram em Mairiporã cresceram 25,9% entre janeiro em outubro, na comparação com os 12 meses do ano passado, subindo de 1.540 para 1.940. Na avaliação de especialistas, as temperaturas médias mais elevadas ocasionaram o aumento de tempestades e, consequentemente, da incidência das descargas elétricas.
A densidade de descargas na cidade é de 9,6527956646 por km²/ano, o que a coloca na 650ª posição no ranking nacional e na 32ª no ranking estadual. Os dados são do Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e foram levantados a pedido do Correio Juquery.
Para se ter ideia, conforme pesquisa junto ao Instituto Climatempo, a temperatura média no mês passado foi de 23°C, enquanto em setembro de 2018 foi de 20°C, ou seja, 3°C menos. “Nos últimos dois anos, Mairiporã não sofreu com fatores externos, portanto, é uma questão local, explica a nota do Elat.
Este resultado está associado às mudanças climáticas extremas registradas nos últimos dois anos, como por exemplo tempestades acompanhadas de rajadas de vento que atingiram a cidade e a região no início do ano.
Mairiporã figura entre as regiões do Estado com maior incidência de raios, classificada como de frequência alta. Um dos fatores que ajudam e amenizar o problema é a grande quantidade de áreas verdes e baixíssimo índice de poluição do ar.
Por outro lado, a presença da represa Paiva Castro impacta diretamente na quantidade de nuvens e na formação de descargas elétricas, inclusive nas demais cidades da região. Também é importante lembrar que os raios são mais comuns durante a primavera e o verão, porém neste ano a previsão é que a média de tempestades seja similar à temporada passada, dado que não há influência dos fenômenos El Niño e La Niña.
Lugares altos – Quando há a formação de raios em determinada região, eles tendem va cair em lugares mais altos, tais como árvores e prédios, que atraem o fenômeno. Portanto, a recomendação é evitar ficar no topo destes lugares durante tempestades. Pelo mesmo motivo, o Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica) recomenda evitar o uso de objetos metálicos longos, caso esteja na rua, assim como empinar pipas e aeromodelos com fio. A orientação é sempre buscar abrigo.
Se estiver dentro de casa, o ideal é evitar o uso de telefones fixo, além de permanecer longe de tomadas e canos, janelas e portas metálicas e tocar equipamentos ligados à rede elétrica.