EM PLENÁRIO, durante as sessões e votações, a adesão ao prefeito Antônio Aiacyda chega a 100%. Foi assim até agora. Mas fora do plenário existe um clima de insatisfação que alcança quatro vereadores, que nestes primeiros sete meses conseguiram ‘mascarar’ o relacionamento. Até quando isso se sustenta ninguém pode estimar.
Até dentro da base aliada há descontentamentos, mesmo com cabos eleitorais nomeados em cargos de comissão na Prefeitura. A origem está na partilha desigual dos cargos, tratamento diferenciado a parlamentares e dificuldade de acesso ao próprio prefeito e ao secretariado. Críticas públicas, entretanto, têm sido evitadas na medida do possível.
Três vereadores confirmaram a informação ao CORREIO. “Se abrirmos o bico para falar de alguns secretários, vai sobrar pancadaria”, disse um deles.
O projeto dos ‘oposicionistas’ é aos poucos somar forças com quem fica de fora das ações do Executivo. “Claro que de imediato não vai crescer a oposição e embora estejamos insatisfeitos, não reunimos coragem suficiente para encabeçar um grupo. Mas com certeza vai acontecer”, disseram.
Com a falta de recursos e um excesso de promessas, os vereadores até agora não conseguiram realizar nada de concreto. Mais parecem despachantes.
Fidelidade – Em meio ao fogo-cruzado que promete ser barulhento, há vereadores que foram eleitos pela oposição ao prefeito, mas escolheram aderir, já que os favores são usados como moeda de troca.
Difícil afiançar se essa harmonia resiste até o ano que vem, quando serão realizadas eleições, pois os interesses pessoais falam mais alto.
