Quarentei

Quatro décadas! Acordei com a nostalgia dos anos oitenta em que nasci e logo me lembrei de Mairiporã. Fiquei visualizando as ruas e lugares que não mais existem, mas que fechando os olhos é moleza lembrar. Sem essa de vergonha de dizer a idade. Orgulho danado de chegar tão longe e dessas marcas no meu rosto. Não me canso de pensar no futuro e aprendi a importância de viver bem o tempo presente.

Até o Panda Beting me parabenizou pelo instagram. Quero agradecer também ao jornalista responsável por este importante jornal, pela oportunidade de todas as semanas ter minhas linhas visualizadas e lidas por centenas de pessoas. Fico extremamente feliz quando encontro alguém que comenta ter apreciado algo que encontrou na página do Correio Juquery.

Meu grande projeto do ano é a publicação do primeiro livro, que pretendo em meados de agosto. Vai ser uma grande festa para celebrar os quarenta. Estou reunindo poemas e crônicas que escrevi durante um tempo. Há também umas lindas imagens, principalmente de Mairiporã. Fotos de pontos que talvez você não tenha visto ainda.

Agradeço a Deus pela chance de eternizar uns versos e linhas e por ser o pai de dois lindos filhos que cresceram bem educados e para os quais posso olhar com a consciência bastante tranquila. Logo mais faltará apenas plantar uma árvore, mas não será o fim. Desejo que eu possa ver os galhos ficarem frondosos e que a planta tenha bom tamanho e muitos ciclos quando chegar a minha vez de partir.

Quarenta anos pode parecer muito tempo. Muitos que eu admirei, viveram bem menos. Sou um privilegiado. Alguns poucos inimigos e muito respeito da grande maioria. Quanto mais visibilidade, mais a gente desperta o amor e o ódio na mesma medida. Me exercito para olhar sem pressa quem chega por perto e aperto as mãos.

Até os olhares tortos, hoje em dia, pouco me atingem. Logo esqueço e vou em frente. Quando alguma ferida no inverno dói um pouco, logo busco aqui dentro um novo motivo para um sorriso. Obrigado leitor e que a gente continue se encontrando por muito tempo.

 

Luís Alberto de Moraes tem formação em Letras, leciona há quase vinte anos e prepara o lançamento de um livro de crônicas e poemas. @luis.alb