Quanto Mairiporã já perdeu com comércio e serviços fechados?

LOJISTAS QUEREM A REABERTURA

Comerciantes de Mairiporã, que em três semanas de portas fechadas acumulam prejuízos consideráveis, querem reabrir seus estabelecimentos para evitar problemas financeiros ainda maiores, assim como a demissão de empregados, que poderá bater recorde na cidade.
Ainda não se pode dimensionar o impacto negativo nas contas desses dois principais setores da economia, que também vai ter influência na arrecadação do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que vai sofrer queda considerável nos repasses efetuados à Prefeitura.
O governo do prefeito Antônio Aiacyda, no entanto, insiste que não vai permitir a abertura e que punirá com multas quem desobedecer a determinação. Conversas entre comerciantes e o prefeito foram infrutíferas e os lojistas já falam em demissões em massa para tentar reduzir os prejuízos acumulados.
Queda no faturamento – De acordo com um boletim feito pela Cielo, empresa brasileira de serviços financeiros e que atua com cartões de crédito, o impacto do Covid-19 atingiu em cheio os serviços de bem duráveis, como vestuário e eletrodomésticos, cuja queda de faturamento chegou a 70%, enquanto o setor de Serviços caiu 77,3%.
O setor de bens não duráveis, que concentra supermercados, postos de gasolina e farmácias, apesar de funcionarem normalmente, também teve queda nas vendas, de 9,1%.
De acordo com a Cielo, o recuo total do varejo apenas na última semana de março foi de 52,3%, ante 7,7% nas três primeiras semanas. Se computado o período, a queda foi de 21,7%. Os números foram resultado da comparação com o total de dias equivalentes a fevereiro deste ano.