O setor habitacional em Mairiporã registrou aumento no número de domicílios vagos identificados entre os Censos de 2010 e 2022, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com os dados, os imóveis desabitados tiveram alta de 73,7%, saltando de 1.235 em 2010, para 4.709 no final de 2022.
A maioria dos corretores de imóveis ouvidos pela reportagem disse que o aumento de domicílios vagos é atribuído inicialmente à dinâmica entre oferta e demanda. Segundo eles, há um excesso de oferta, o que gera um aumento no número de imóveis desocupados.
Avaliam, no entanto, que esse comportamento tende a mostrar equilíbrio diante do crescimento populacional e o desenvolvimento da economia local.
Números – Ainda segundo os dados, além dos domicílios vagos, Mairiporã contabiliza um total 45.279 domicílios, com 32.971 particulares permanentes ocupados, 7.555, particulares permanentes não ocupados (uso ocasional), 37 de uso coletivo e 7 particulares improvisados.
Domicílio vago, segundo o IBGE, é todo aquele que não tinha morador na data do recenseamento, mesmo que tenha sido ocupado posteriormente.
Região – Ainda conforme o Censo 2022, Franco da Rocha é o município, em números absolutos, com mais imóveis desocupados (5.361), seguido de Cajamar (5.021), Francisco Morato (4.812), Mairiporã (4.709) e Caieiras (3.404).
Em relação à totalidade de domicílios, Mairiporã aparece com 45.279 unidades e o segundo maior crescimento anual na região, entre 2010 e 2022, com 3,95%. O maior percentual anual, 4,96%, foi o de Cajamar, que possui 38.908 domicílios. Franco da Rocha teve aumento de 3,06% e tem 56.612 lares, enquanto Francisco Morato, com 63.313 domicílios cresceu 2,62% e Caieiras, com aumento de 2,24% e 36.860 unidades.
Quantidade – O Estado de São Paulo é o que registra a maior quantidade de domicílios vazios, com 2 milhões. Isso representa 12% das moradias particulares contadas pelo IBGE. A capital paulista também é o município com maior quantidade de moradias vazias: são 588 mil casas e apartamentos. O número é o dobro do valor de 2010.
O Censo também mostra que a cada 100 domicílios particulares no Brasil, 13 estão vagos. Ao todo, o IBGE contou 11,4 milhões de casas e apartamentos vazios no país. A proporção aumentou comparada ao censo anterior: em 2010, eram 9 a cada 100. (Wagner Azevedo/CJ – Foto: Reprodução)
