Qual o tamanho do estrago na economia da cidade?

Pelo que se tem visto e ouvido, são assustadores os números da economia em tempos de pandemia (do coronavírus, da Rede Globo e da Folha de S. Paulo). Todos eles espalham o terror, a neurose e, por extensão, escancaram preocupação não com a doença, mas com as pinimbas que têm com o presidente Jair Bolsonaro, que ao assumir o governo passou a tesoura no dinheiro que ambos os veículos de comunicação sorviam desbragadamente dos cofres públicos.
Pior, muito pior que a pandemia (que já dissemos aqui está longe de ser isso, pois na Espanha, nos EUA e na Itália morrem em apenas um dia o total de óbitos do Brasil), vai ser o estado devastador, a terra arrasada que se encontrará ao final dessa história na economia do País.
Esta semana, apenas para um exemplo, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgou que quase 90% das vendas de automóveis desapareceram em março, quando comparadas a primeira quinzena do mês passado com a da última. As razões não podiam ser outras: os impactos da disseminação e das medidas tomadas para conter o avanço do novo coronavírus. Trata-se do primeiro dado efetivo a balizar o impacto que o micro-organismo deve causar na economia.
Trazendo isso para Mairiporã, comércio e serviços são os dois setores que carregam a cidade nas costas e que vão ser os primeiros a apresentar a conta: como não podem esgotar seus estoques, nem deixar de pagar aluguel, a demissão generalizada de funcionários é aquilo que poderão cortar assim que retomarem as atividades.
O cenário é desolador, a desidratação do comércio vai exigir muito trabalho para vencer a crise. Por enquanto, segue-se sangrando os cofres públicos, em alguns casos tungando, como se o dinheiro fosse farto e inesgotável.
Baqueados, os dois setores vão causar prejuízos significativos à cidade, como já se viu na divulgação esta semana, do primeiro repasse de ICMS do Estado à Prefeitura: cinco vezes menor. E os efeitos, evidentemente, são sentidos pelas demais áreas, como indústria e construção civil.
E sobram duas perguntas: Qual o tamanho do estrago? Quais são os caminhos para a reconstrução da economia?
Com as incertezas vivenciadas pela população, o futuro é incerto e ninguém quer mergulhar no escuro. Esperava-se das autoridades locais mais bom senso e menos ‘caixa de ressonância das decisões equivocadas do governador João Dória’. Quem vai conduzir a economia de Mairiporã para fora do pântano onde foi atirada?
Pior que a pandemia do coronavírus, é a pandemia da corrupção que grassa rápida e agora, com a desculpa do coronavírus, amparada por novos e criativos artifícios para se meter a mão no dinheiro público. Político não paga, pega. O povo não pega, paga!