PSDB no comando de São Paulo chega ao fim 28 anos depois

A disputa pelo poder dentro do partido, a aposentadoria de velhos caciques e a chegada de inexpressivos neófitos, como João Dória, sem lastro político, puseram fim ao comando do PSDB no Estado de São Paulo. A derrota nas eleições de domingo (2) foi só a gota que faltava para o balde transbordar.

O PSDB chegou ao Palácio dos Bandeirantes (foto) há 28 anos, com a primeira eleição de Mário Covas (2 mandatos). E então passaram por lá Geraldo Alckmin (3 vezes), José Serra e João Dória.

O atual governador, Rodrigo Garcia, deixou o União Brasil para concorrer à reeleição pelo partido tucano, um erro na opinião de experientes analistas, e não conseguiu chegar ao segundo turno. Obteve pouco mais de 4 milhões de votos, equivalentes a 18,40%.

A herança que recebeu, de uma agremiação rachada, desde as prévias para escolha do candidato à presidente, que não se confirmou e a saída de Geraldo Alckmin, o nome mais expressivo do partido, que ia disputar o Governo do Estado, porém aceitou ser vice na chapa com Lula na campanha ao Palácio do Planalto, foram determinantes para o fracasso.

A derrocada tucana foi tão grande, que nem mesmo José Serra, ex-governador, ex-senador, ex-deputado e candidato a presidente da República, conseguiu uma vaga como deputado em Brasília. Com 88 mil votos, ficou de fora.

Se pretende continuar com destaque no cenário político, o PSDB vai ter que se reinventar, mudar radicalmente seus quadros, hoje envelhecido e sem apelo popular.

No pleito de domingo, com muito esforço, conseguiu eleger 4 deputados federais, de um total de 70 cadeiras, e 9 parlamentares para a Assembleia Legislativa, de um total de 94 vagas. (Da Redação – Foto: GSP)