Primeira etapa

A primeira etapa do processo eleitoral 2024 chega ao fim neste final de semana. Além da janela partidária, em que os vereadores pulam de sigla em sigla até encontrar uma que os satisfaçam, neste sábado quem pretende ser candidato precisa estar filiado a um partido político.

Em outubro vão ser eleitos prefeito e vereadores (13 em Mairiporã), e a campanha, oficialmente, começa em 16 de agosto, mas já está nas ruas desde o final do ano passado. Cumprir o calendário eleitoral, desde sempre, é mera formalidade.

O que se espera, embora ninguém acredite ou esteja disposto a isso, é a importância do confronto se dar com responsabilidade e compromisso com o eleitor, priorizar o debate através de propostas concretas e evitar ataques infundados, mais conhecidos como fake news.

Outra expectativa, poucas vezes vista ao longo de décadas, é a busca pelo voto ser pautada pela ética, respeito e transparência. A luta, especificamente entre os postulantes às cadeiras do Legislativo, ignora esses atributos e o que se vê é um confronto que torna o eleitor um mero objeto a ser conquistado, muitos deles manipulados.

O quadro de candidatos à chefia do Executivo, por enquanto, está restrito ao atual prefeito Aladim, que já anunciou sua candidatura à reeleição e ao oposicionista, o ex-vereador Chinão. E por enquanto o quadro é esse.

A eleição para a Câmara de Vereadores, no entanto, se mostra, desde já, a mais difícil da história política da cidade, pois o número de candidatos por partido foi reduzido em quase um terço das vagas disponíveis em 2020, caindo de 20 para 14. O complicador, neste caso, é que obrigatoriamente 4 dos postulantes terão que ser mulheres, tarefa que em Mairiporã sempre foi difícil, para não dizer impossível.

Particularmente nestas eleições, segundo o TSE, a fiscalização sobre as candidaturas femininas será intensa, como nunca vista antes, o que por si só torna todo o processo ainda mais penoso.

As recomendações aos eleitores, as mesmas de sempre, de não colocar os interesses pessoais dos candidatos acima do coletivo, ou de confiar naqueles que desejam a melhoria da qualidade de vida da população, mais uma vez não serão observadas.

O que se vê, há muitos e muitos anos, infelizmente, é uma frase antiga sobre pleitos: “em eleição vale tudo, só não vale perder”.

Esperar que isso mude, é acreditar em ‘estórias’ da carochinha.