Prefeitura deve ser responsabilizada pelos incêndios no Centro Educacional

No início desta semana um segundo incêndio foi registrado no prédio do Centro Educacional, na região central de Mairiporã, que está fechado por determinação da Defesa Civil, que no ano passado apontou problemas estruturais que podem levar ao desabamento. Meses atrás um primeiro incêndio queimou objetos que s

e encontravam no seu interior, e agora o incidente se repetiu.
A Prefeitura, rapidamente, através das redes sociais, disse que não era a responsável pelo problema. É sim! Trata-se de um prédio público, construído com dinheiro público e que deve ser protegido pela Municipalidade. Como é que os responsáveis pelo incêndio conseguiram adentrar uma segunda vez no prédio? Não há ninguém fazendo a segurança do local? O que a Prefeitura espera que aconteça? Um incêndio de grandes proporções?
Existem fatos nebulosos que envolvem o Centro Educacional que vão além da sua interdição. Problemas em sua estrutura se verificaram antes mesmo do término da obra e depois dela inaugurada. O custo foi alto, e agora essa mesma estrutura tem sérios problemas e que segundo laudos técnicos podem levar ao desabamento.
O mais estranho é que a Prefeitura, cujo prefeito era o mesmo quando da construção do prédio, vive de emitir notas dizem que ‘pode ter sido um incêndio criminoso’, e antes, ‘que o entupimento de calhas pode ter abalado a sua estrutura’. Até quando a falta de responsabilidade do Executivo vai se escudar no ‘pode’? A verdade é que NÃO PODE!
O prefeito tem a obrigação de vir a público e explicar tudo o que envolve o Centro Educacional. Desde a estrutura, que está comprometida, o que será feito para recuperá-la, quem vai pagar por isso e porque não há vigilância a protegê-la. É o mínimo que se espera de quem tem o dever de ofício de responder pelo patrimônio do município.
O Ministério Público precisa se interessar pelo problema e chamar quem de direito, já que dinheiro público foi investido em sua construção e imagina-se que muitos outros milhões de reais serão necessários para manter o prédio em pé.
Essa irresponsabilidade precisa ter fim.