Prefeito quer continuar empregando familiares no primeiro escalão

DESDE que assumiu como prefeito pela primeira vez, em 2005, Antônio Aiacyda lança mão de nomear familiares para cargos no primeiro escalão. Naquela oportunidade foram nomeadas a esposa e a filha. No mandato seguinte, a partir de 2008, manteve a esposa como titular da pasta de Assistência Social e o genro, como secretário de Governo. Nesta terceira passagem pelo Palácio Tibiriçá, nomeou novamente a esposa, para o mesmo cargo, e o filho, como secretário de Obras.
Os vereadores, no início dos trabalhos legislativo deste ano, aprovaram por unanimidade projeto de lei que acaba com essas nomeações, não só para familiares e outros parentes na Prefeitura e Câmara, como também nas instituições denominadas de Terceiro Setor, que recebem auxílio financeiro dos cofres públicos.
Esta semana Aiacyda, a quem o projeto foi enviado para sanção, decidiu vetar o trecho que proíbe familiares e parentes no primeiro escalão, ou seja, como secretários municipais.
No ano passado, em março, o filho do prefeito deixou a Secretaria de Obras, depois de ver sua esposa envolvida no uso de carro oficial. Em dezembro, já prevendo a aprovação da lei, a esposa, também primeira dama, deixou o posto. A questão agora estão nas mãos dos vereadores, pois a decisão de Aiacyda, em vetar parte da lei que impede essas nomeações, certamente teve como ponto de partida, dentre outros motivos, a permissão para quem sabe renomeá-los para os mesmos cargos.
Em nome da moralidade pública, os vereadores tem a obrigação de derrubar o veto do prefeito, cuja família vive dos polpudos salários pagos com dinheiro do bolso do contribuinte, há pelo menos 11 anos.