Rejeitado em 2018 pela Câmara de Vereadores, projeto de autoria do prefeito Antônio Aiacyda foi reenviado ao parlamento na terça-feira, 12, com a mesma finalidade: permutar áreas localizadas na Avenida Tabelião Passarela. A de propriedade do Município, segundo as justificativas apresentadas, é antiga, contaminada e sem regularização. É onde se localiza um posto de gasolina.
A área pretendida, que pertence ao proprietário do posto, fica mais adiante, é nova, moderna e vai servir aos propósitos da administração no abrigo de várias repartições.
Se no ano passado o projeto não foi tornado público, agora também não. Ninguém, à exceção da Câmara, onde o prefeito tem maioria fiel, sabe como essa negociação se dará, nem esclarece qual a vantagem do proprietário do posto, mesmo que esteja no local há muitos anos, em dar um imóvel novo em troca de um que não tem ‘regularização’, dentre outras depreciações elencadas pela própria Prefeitura.
Os vereadores têm a obrigação e o dever de ofício de explicar qual é a mágica dessa permuta. Em qualquer lugar do mundo, a iniciativa privada não faz negócios que tragam prejuízos. Isso é muito comum no trato com as coisas públicas.
O projeto está na Câmara e alguns vereadores já se manifestaram pela realização de uma consulta pública, para que vários segmentos da sociedade possam discutir a proposta. A Prefeitura e a Câmara devem explicações ao povo e as ações dos dois poderes precisam ser mais transparentes, sob pena de suspeição e até de futuras ações judiciais.