SEM um mínimo de tato e compreensão do momento vivido pelo País, o prefeito Antônio Aiacyda enviou à Câmara projeto de lei para reajustar seu próprio salário, como também ao vice-prefeito e os secretários municipais, para incorporar 4% a título de repasse da inflação.
Em plenário, na sessão de ontem, houve embate entre situação e oposição, mas a tropa de choque do prefeito sentiu o golpe quando um de seus integrantes, Valdeci América, antecipou em discurso que não era o momento do prefeito pensar em reajuste nos salários.
Os demais vereadores da situação, quando o projeto foi colocado em votação, já sabedores de que a proposta seria rejeitada, acompanharam o voto da oposição e o projeto não passou. Por outro lado, foram aprovados o reajuste de 4% para os servidores públicos municipais e também do Iprema, aos aposentados e aos funcionários do magistério.
Embate – Em quase quatro horas de sessão, o embate entre os dois grupos em plenário foi um espetáculo deprimente, verdadeira briga de lavadeiras (sem ofensa a essas laboriosas trabalhadoras), com trocas de acusação, palavras inapropriadas, discursos vazios e uma clara demonstração de que as eleições estão acima de tudo, mesmo que se tente demonstrar o contrário.
Vereadores de ambos os lados, com discursos sobre união, de lutar pela cidade, de buscar o consenso, ficou restrita aos microfones.
Um dos vereadores do grupo do prefeito chegou a afirmar que a partir de agora as sessões serão de nível baixo. Por essa fala já se pode prever o que virá nas próprias reuniões do Legislativo. Ou seja, o embate irá recrudescer, tudo em nome da reeleição. E não é por outro motivo que a composição da Câmara está rachada desde o final do ano passado.
