Preço do asfalto pode impactar no valor dos pedágios federais

O MINISTRO de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, avalia com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e o TCU (Tribunal de Contas da União) permitir que as concessionárias de rodovias possam reajustar o pedágio para compensar as perdas bilionárias que sofreram com a alta desenfreada do asfalto.
Desde que implantou sua nova política de preços, a Petrobras vem repassando as oscilações diárias do petróleo para seus derivados. Conhecido como CAP, o asfalto subiu acima da inflação, gerando um impacto de cerca de R$ 5 bilhões, tanto ao Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), responsável pelas estradas federais mantidas pelo governo, quanto para as concessionárias. Ainda não se sabe se o pedágio subirá na proporção do aumento de custo.
Técnicos do ministério e da agência analisam as contas das concessionárias. Nas próximas semanas, a ANTT deve baixar uma norma definindo os parâmetros do reajuste.
Somente no caso da Arteris, que tem como sócios a espanhola Arbetis e a canadense Brookfield, pelo menos 20% do aumento de custo ocorreu por causa da alta do asfalto.
Para as concessionárias que têm obras pesadas de pavimentação, como a CCR e a Arteris, ou tráfego pesado, esse impacto é bem maior. Caso esse reequilíbrio seja levado adiante, será a segunda vez que o governo estuda autorizar o aumento de tarifas para reequilibrar contratos de concessão.
Nem mesmo as concessionárias têm certeza de qual prejuízo sofreram com a política de preços do asfalto imposta pela Petrobras.