Preço da carne dispara na cidade e alta pode durar até ano que vem

O CONSUMIDOR que têm o hábito de fazer churrasco aos fins de semana ou que não abre mão do bife no dia a dia já reparou: o preço da carne está nas alturas! E a previsão não é boa: até o fim do ano, é difícil que a proteína animal fique mais barata. Entre os motivos, há fatores relativos ao mercado externo e ao interno.
Na última semana, o preço da carne bovina aumentou devido ao valor da arroba do boi gordo no Estado de São Paulo, que chegou a R$ 228,80 na última sexta-feira (22) e pulou para mais de R$ 240,00 ontem, considerado um recorde histórico de acordo com especialistas. Entres os motivos apontados para tal feito estão a alta do dólar e a forte demanda da China, após novas habilitações de indústrias de bovinos pelos chineses.
Em uma pesquisa feita pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), as carnes bovinas subiram, em média, 4,2%, na segunda quadrissemana de novembro. Em alguns cortes, a alta chegou a 5,86%. O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15) mostrou um encarecimento nas carnes também. Só este ano o aumento chega a 50%.
O índice calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é uma prévia da inflação oficial de novembro. No mês, a variação foi de 3,08%. Em 12 meses, já chega a 7,76% de aumento.
Levantamento realizado terça-feira (26) pelo Correio Juquery nos açougues e supermercados da cidade apontou que, em média, a alcatra, que estava R$ 27,99, está R$ 41,82; a picanha, de R$ 29,99 subiu para R$ 61,00; já o contra filé está R$ 41,99, mas, há algumas semanas, o consumidor conseguia comprar por R$ 22,99.
Os consumidores, que buscaram alternativas como carne suína e aves, também se assutaram. Segundo a Associação Paulista de Supermercados (Apas), a carne suína já está 10% mais cara, enquanto a de frango tem alta de 20% nas prateleiras, que segundo a entidade é uma oscilação esperada dentro da lei de oferta e procura.