A inflação alta e a disparada no preço das carnes levaram as famílias de menor poder aquisitivo a buscar alternativas mais acessíveis para colocar ‘mistura’ na mesa. Em supermercados e açougues a venda de miúdos de frango tem sido grande, chegando a dobrar nos últimos dois meses, período em que também os miúdos bovinos também cresceu. E com a demanda maior, comerciantes relatam que até mesmo esses alimentos estão sofrendo reajuste nos preços.
São várias as opções de miúdos que o consumidor encontra e dentre os mais populares estão pescoço de galinha, com valor médio de R$ 5,10 o quilo; dorso, R$ 4,20 e o pé de galinha, R$ 8,40. Já o quilo de fígado bovino sai por R$ 17,50, do mocotó, R$ 17,00 e do bucho R$ 25,00.
Por outro lado, o quilo da sobrecoxa de frango, em média, custa R$ 12,35; do frango inteiro R$ 11,70 e do frango à passarinho R$ 12,10. Entre as opções mais baratas das carnes bovinas, ponta de peito (R$ 33,50 o quilo), costela de boi (R$ 26,50) e coxão duro e mole, acima de R$ 30,00.
Segundo proprietários de açougues que conversaram com a reportagem, a ampla diferença de preço e a diminuição no poder de compra do consumidor, justificam o aumento na procura por opções mais baratas. Alguns citam o exemplo do miúdo do frango: se antes compravam entre 15 a 20 quilos a cada quinzena, hoje esse montante chegou a 100 quilos no mesmo período.
Por outro lado, houve quede de até 50% na venda de cortes tradicionais de carne bovina, de suína e frango. O consumidor só leva o que estiver mais em conta e dentro do seu orçamento. (Da Reportagem – Foto: Divulgação)