A CÂMARA de Mairiporã, ao longo dos anos, não sinalizou interesse em cobrar do Executivo projeto sobre a implantação do Plano de Carreira, Cargos e Salários do funcionalismo municipal.
Há quase vinte anos que o assunto é restrito ao Executivo. A primeira movimentação foi na gestão do ex-prefeito Jair Oliveira (2001-2004), cujo estudo foi contratado à Fundação Getúlio Vargas. O documento acabou no fundo de uma gaveta qualquer. No governo seguinte, de Antônio Aiacyda, o tema sequer foi lembrado. Em seu segundo mandato, a partir de 2009, contratou novo estudo e acabou por enviá-lo à Câmara, para votação, faltando poucos dias para o final de 2012.
O documento foi aprovado, porém uma semana depois, ao assumir o governo, o prefeito Márcio Pampuri, revogou-o, sob a justificativa de que ‘quebraria’ financeiramente a Prefeitura. Foi feita uma nova promessa de contratar empresa especializada para a elaboração de um novo plano, que não se concretizou.
Em seu terceiro mandato, iniciado em 2017, Aiacyda também prometeu discutir o assunto, mas passados dois anos e meio nada caminhou nesse sentido.
O funcionalismo e o sindicato que os representa, deveriam se unir e buscar ajuda junto ao Ministério Público e fazer valer os direitos de ter um plano de cargos, carreira e salários. O descaso do prefeito é uma afronta às pessoas que, investidas na função pública, fazem funcionar a máquina administrativa.