O RITMO de crescimento da frota de veículos da cidade é quase o dobro do observado em relação ao de habitantes. Em um ano a população registrou aumento de 1,8%, enquanto o de veículos foi de 3,3%.
Em agosto do ano passado rodavam pela cidade 51.370 unidades motoras, número que passou para 53.083 em agosto último, um incremento de 1.715 veículos, aumento considerado absurdo para uma cidade das dimensões de Mairiporã e levando-se em conta a sua malha viária. Na conta estão inclusos os novos e os que vieram transferidos de outras localidades. Os dados são do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
A relação proporcional entre os habitantes e a frota em circulação (taxa de motorização) se manteve em 1,88 veículo para cada morador, indicador que até o final do ano pode reduzir a média a menos de 1,5 por pessoa.
Em agosto último a frota era composta por 32.813 automóveis, 8.182 motocicletas e 4.455 caminhonetes, que juntos respondem por 85,5% do total, ou seja, 45.450 unidades. O restante é composto por caminhões, ônibus, micro-ônibus, camionetas, motonetasw, caminhão trator, ciclomotor, reboque, semi-reboque, sidecar, trator com rodas, triciclos, utilitários e outros.
Mobilidade – Mairiporã é uma cidade com sérios problemas de mobilidade urbana e que aguardam por solução há muitos anos. Ações nesse sentido se fazem necessárias, porém o sistema viário é antigo e formado por poucas vias. Num primeiro momento não se vislumbram formas e novos trajetos para escoar o intenso tráfego.
O Plano de Mobilidade Urbana aprovado e sancionado recentemente, prevê algumas obras, porém especialistas dizem que algumas das ações, se implementadas, ainda serão insuficientes diante dos sérios problemas de trânsito e o aumento rápido da frota, fatores preponderantes nessa equação. Adequar a malha viária ao contingente de veículos é um desafio para minorar os problemas do dia a dia de pedestres e motoristas.
Tendência – O aumento no número de veículos nas ruas é um problema que não se restringe a Mairiporã, mas abrange a maior parte das cidades. Além do crescimento natural da população, a própria economia (por aqui meio capenga) tem impulsionado esses números, devido aos incentivos e facilidades para a aquisição de veículos, que se refletem nas ruas congestionadas e no esgotamento da vias de tráfego urbano.
Os gestores municipais, no entanto, devem dar atenção especial aos motociclistas, que são em número cada vez maior nas ruas, devido ao custo menor para compra em relação aos demais meios de transporte.
Região – De acordo com os dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) relativos a agosto, Mairiporã ainda é a segunda cidade com a maior frota na região. A primeira é Franco da Rocha, com 57.715 veículos. Em terceiro aparece Francisco Morato, com 50.741, depois Caieiras, com 46.060 e Cajamar, com 43.598.
Formada por esses cinco municípios, a região tem uma frota de 251.197 unidades veiculares.
