AS INVESTIGAÇÕES da máfia da merenda em São Paulo deverão passar para a Polícia Federal e para o Ministério Público Federal.
A apuração será transferida do Ministério Público Estadual para órgãos federais porque a Operação Alba Branca concluiu que mais de 90% dos contratos envolvendo prefeituras paulistas e a cooperativa Coaf foram pagos com verbas federais.
Até agora, a Promotoria detectou indícios de que contratos que somam R$ 38,9 milhões podem ter sido fraudados.
Segundo os promotores Leonardo Romanelli e Herbert Vítor Oliveira, do Ministério Público Estadual em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), a apuração do caso será transferida porque detectou-se que 92,72% dos recursos usados foram provenientes de repasses do governo federal. Por isso, a competência da investigação passa a ser da Justiça Federal.
“Todos os projetos de venda estão fraudados, pois usavam nomes de agricultores familiares de forma irregular. Dos R$ 38,9 milhões, mais de R$ 36 milhões pagos à Coaf foram de origem federal”, disse Oliveira anteontem.
O levantamento dos valores foi feito pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).
A operação Alba Branca investiga o suposto pagamento de propina em contratos superfaturados de merenda com o governo Geraldo Alckmin (PSDB) e com 67 municípios.
Mairiporã – Na região, duas cidades constam da lista de prefeitura investigadas: Caieiras e Mairiporã.
Documentos obtidos pela reportagem revelam que durante o governo de Antônio Aiacyda a Prefeitura comprou R$ 525 mil de suco de laranja. No atual governo, de Márcio Pampuri, a compra foi de R$ 80 mil. (Com Folha de S. Paulo)
Fonte: Folha