APÓS reunião com os servidores públicos no final de novembro de 2019, ficou definido pela administração que o prefeito enviaria o Plano de Cargos, Salários e Carreira com as mudanças exigidas pelos servidores e sindicatos para ser lido na primeira sessão legislativa ordinária de 2020, o que não aconteceu.
O chefe do Executivo só enviou o plano dez minutos antes da sessão de terça-feira, 3, após o fechamento da pauta. O vereador Alexandre Boava, com o apoio do vereador-presidente Ricardo Barbosa dos pares Doriedson Freitas, Wilson Sorriso, Nil Dantas, Essio Minozi e Pastor Cícero, através de requerimento, conseguiu as assinaturas necessárias para que fosse lido o projeto em sessão.
Os parlamentares já agendaram uma reunião pública, para o dia 11, às 18h na Câmara, e uma Audiência Pública para o dia 14 (sábado) às 14 horas, também no plenário do Legislativo, para avaliar o projeto.
Os vereadores se indignaram novamente com mais um repentino envio do projeto, sem tempo para apreciá-lo. Os vereadores de oposição se reuniram na quarta-feira, 4, para estudar e avaliar o novo Plano de Carreira, e com isso garantir que nenhum servidor ou o município sejam prejudicados.
Toque de caixa – Os vereadores precisam ter a responsabilidade de não votar o projeto a toque de caixa, ou seja, de forma rápida, pois a matéria é de suma importância para a carreira dos servidores municipais. Se num primeiro momento o texto agrada alguns segmentos do funcionalismo, em outro é preciso saber como isso se dará nos anos seguintes.
O Plano de Cargos e Salários, neste momento, é escancaradamente eleitoreiro e o prefeito Aiacyda usa do mesmo expediente que lançou mão em 2012, no ano de encerramento de seu mandato, quando aprovou a proposta.
Logo no primeiro dia de 2013, o prefeito eleito, Márcio Pampuri, se viu obrigado a revogá-lo, pois quebraria financeiramente a Prefeitura.
Também há que se chamar a atenção para o fato de que quinze dias são insuficientes para conhecer a fundo a proposta e quais os seus efeitos na vida do funcionário público. E como não há prazo determinado para ir à votação, o que se espera é que os parlamentares tenham discernimento suficiente para não repetir aprovações de outros projetos, de forma rápida, que trouxeram prejuízos à cidade.