Planejamento

O discurso do vereador Doriedson Freitas, durante a sessão da Câmara na semana passada, sobre a falta de planejamento no Governo Municipal, nos serviu de mote para ir muito além do falatório e cobrar não só o prefeito, mas também aqueles que ocupam assento no parlamento da cidade.

Por definição, planejamento é um serviço de preparação de um trabalho, de uma tarefa, que consiste no estabelecimento de métodos convenientes, planificação, em qualquer atividade, seja ela privada ou governamental. Nele também deve estar inclusa a atividade econômica e, na gestão, a sua aplicabilidade.

O que se pergunta, com base no discurso do vereador, é como cobrar planejamento para a cidade se o prefeito não está interessado em saber o que significa, e desde a sua primeira passagem pelo governo se comporta como político, já que não é administrador. Claro, com a conivência dos nobres edis.

A inexistência de planejamento para se administrar Mairiporã não é de agora. Vem de longe. É fundamental que tanto o Executivo, quanto o Legislativo, façam uma leitura correta dos fatos e, literalmente, elejam e contemplem prioridades, pois as decisões afetam centenas de milhares de vidas, o tempo todo.

Planejar é um substantivo que, no município, só é encontrado no dicionário. Prefeito sai, prefeito entra, a cada quatro anos aparece inserido apenas de forma popularesca em programas e promessas eleitorais.

O resultado é uma cidade onde falta segurança, mobilidade urbana, saúde digna, mais educação, respeito ao meio ambiente, geração de emprego, apoio aos setores econômicos, enfim, ações pensadas para o futuro, justamente tudo o que deveria ser de estrito interesse de ‘nossos administradores’.

Ainda nos negamos a acreditar que o caminho que os políticos fizeram Mairiporã trilhar parece irreversível. Estaríamos condenados a viver eternamente no atraso, na falta de desenvolvimento?

Perguntas que o prefeito e o séquito de edis poderiam vir a público responder, mas que têm feito opção pelos refrigerados gabinetes do Palácio Tibiriçá, sentados em confortáveis cadeiras, e pela facilidade em criar tributos e aumentar tarifas.

As consequências são sentidas pela população, que está à mercê da criminalidade, de um trânsito caótico, atendimento de saúde precário, educação longe do ideal, agressões constantes ao ambiente, desemprego em alta e fuga de unidades industriais e comerciais.

Planejamento? Onde? Quando?