PESQUISA realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre jovens de 16 a 20 anos de idade revelou que a maioria deles – 59,6% – possui título de eleitor e votou na última eleição. No entanto, segundo apontou o levantamento, esses jovens, na maioria, não embarcaram para valer no processo político e nem discutiram com familiares ou amigos os rumos eleitorais. O motivo central: descrença.
Em geral, seguiram os pais ou votaram no candidato mais bem posicionado, de acordo com as pesquisas de intenção de voto veiculadas nas suas cidades. Segundo pesquisa realizada pela empresa Opinião – Informação Estratégica (Opinião Consultoria Ltda), o trabalho foi desenvolvido entre os dias 10 de janeiro e 4 de fevereiro de 2017 e investigou a opinião de mais de 2.600 pessoas das mais diversas regiões do país.
Foi feito com jovens escolhidos de forma aleatória, em uma base de dados representativa da população brasileira com 16 a 20 anos de idade. Ao todo, 2.511 pessoas foram entrevistadas.
Sem incentivo – De acordo com a pesquisa, as desmotivações para o ato de votar foram bem mais fortes que as motivações, principalmente entre os pesquisados de 16 e 17 anos e os de menor escolaridade. Entre eles, o voto é encarado como um instrumento inócuo, especialmente porque não enxergam as mudanças operadas pós-eleição e, sobretudo, porque esse jovem ainda não necessita de mudanças para sua vida.
Para avaliar a percepção dos jovens sobre eleições, política e participação na democracia, bem como a comunicação dos órgãos da Justiça Eleitoral com esse público específico, foram realizadas pesquisas por meio da discussão em grupos representativos dos jovens brasileiros, além de pesquisas quantitativas por meio de entrevistas aplicadas com amostras representativas desse mesmo segmento da população.
Outras informações foram levantadas com o intuito de subsidiar a comunicação da instituição no esclarecimento de aspectos relevantes para o processo eleitoral, como a confiança na apuração dos resultados, a segurança das urnas eletrônicas, a importância e o impacto do voto pessoal, entre outras questões.
Para a maioria dos entrevistados, ficou a ideia de que os “políticos são todos iguais”, pois os entrevistados declararam que eles decepcionam a cada ação, são desonestos, corruptos e não apresentam sinal de que irão mudar suas personalidades. Segundo o pensamento da maioria, o voto muda apenas a vida do político e para melhor. (Portal TSE)