Pequenos erros

Errar é humano, já dizia o ditado. Então por que raios me sinto tão anormal toda vez que erro? A principal angústia não são nem mesmo os erros grandes aos quais todos estamos submetidos, mas sim aqueles erros pequenos, bobos, motivados por algum lapso momentâneo de falta de atenção. Aqueles que muito facilmente poderiam ser evitados. Mas não foram.
São esses que perturbam. São esses que ficam zunindo ao redor dos pensamentos como mosquitos invisíveis. Invisíveis porque não era nem para estarem ali, afinal. Voltando ao passado, um ou dois segundos a mais poderiam os ter extinguido. Uma batida de olho, uma revisão. Se ao menos houvesse olhado mais uma vez…
Mas não existe volta ao passado. Passado o erro, ele também virou passado, imutável. Não dá para apagar, errou está errado. Corrigir é a opção? Claro! Mas nada fala mais alto do que o pensamento de que, por muito pouco, o trabalho seria evitado.
Mas errar é humano. Eu sou humano. Por isso, erro mais vezes do que gostaria. O fato é que errarei de novo, no futuro, afinal, não deixarei de ser humano tão cedo. Portanto, conviver com o erro é mais viável do que remoer o erro. Que incomoda, incomoda. Chega até a chatear, poxa vida.
Mas o erro é certo, assim como o acerto, em algum momento. Além do benefício de aprender para da próxima vez, pelo menos, tentar não cometer o mesmo erro.