A imprensa panfletária, que reúne alguns dos principais jornais (Folha, O Globo, Estadão) e a Rede Globo e a Globonews, rapidamente manchetaram a decisão do Superior Tribunal de Justiça que anulou as provas obtidas contra o senador Flávio Bolsonaro na investigação da rachadinha no Rio de Janeiro.
Críticas choveram, analistas engravatados discorreram horas à fio sobre o tema, gente que não entende absolutamente nada de nada apareceu frente às câmeras para opinar sobre o assunto como se fossem catedráticos, enfim, aquele escândalo rotineiro da mídia quando se trata de espinafrar o governo.
Não estamos aqui defendendo se a decisão foi certa ou errada. Essa empáfia deixamos para aquela que um dia mereceu ser chamada de grande imprensa. Longe disso. Entretanto, é crível colocar que essa questão do senador guarda semelhança com o que o Supremo Tribunal Federal fez com o ex-presidente Lula. Bom frisar que inocentado nenhum dos dois foi. Em ambos os casos, questões meramente processuais.
Mudando de assunto, mas ainda no campo político, a entrada do ex-juiz Sérgio Moro no tabuleiro eleitoral para 2022 mexeu fortemente com todos aqueles que desenhavam um quadro bastante simplório de disputa, envolvendo apenas Bolsonaro e Lula, tendo como coadjuvantes aqueles eternos candidatos derrotados, como Ciro Gomes, para ficarmos num só exemplo. Moro, por enquanto, é o nome mais viável da terceira via e em condições de alavancar sua candidatura ao longo dos meses.
A entrevista que concedeu a Pedro Bial na Globo esta semana, foi pautada pela serenidade, bons propósitos e conhecimento do que lhe foi questionado ao longo do programa. Não fugiu de nenhuma pergunta e se mostra capaz de governar esta Nação sem identidade e sem líderes e, como disse Moro, sem a necessidade de termos vilões e mocinhos.
O caminho até as eleições em 2021 é bastante longo e muita coisa pode acontecer. Fato é que o embate apenas o presidente Bolsonaro e o ex-presidente Lula não será prato feito enfiado goela abaixo da população brasileira. Haverá outras opções nesse cardápio e Moro é uma delas.
Voltando ao tema e aos grandes jornais e às emissoras Globo, nunca é demais lembrar de um ditado perfeito a estes tempos em terras tupiniquins: ‘pau que bate em Chico… bate em Francisco.