O encontro municipal que tratou dos objetivos do desenvolvimento sustentável, em atendimento a proposta global da Agenda 2030, teve como abertura uma participação muito especial: os alunos do 2º e 3º anos da Escola Tirsi Anna Castellani Gamberini e suas professoras se apresentaram no plenário da Câmara Municipal com uma criativa paródia, mostrando engajamento em um projeto que trata da preservação ambiental. Teve até mudas sendo entregues aos presentes e um mascote feito de material reciclável, apelidado de: “Reciclóvis”.
Com o início do ano letivo, cada vez mais professores se preocupam não somente com o conteúdo programático dentro das leis e diretrizes, mas também com o que pode ser oferecido para aprofundamento de outras pautas importantes.
Foi pensando em um currículo escolar de qualidade que as professoras Alessandra Soares e Mariluci Silva trabalharam com a criançada, seguindo um planejamento voltado para a importância, conscientização, incentivo a proteção, preservação, e o que pode ser feito para diminuir o impacto negativo que maus hábitos causam ao nosso meio ambiente.
As “prôs” iniciaram o projeto com os alunos em fevereiro deste ano, de modo interdisciplinar, junto ao grupo de mestres. Na sequência, o trabalho com os alunos foi iniciado, dando ao projeto o nome de “Sementinha do Bem”. Dentre os conteúdos estavam a importância da reciclagem, incentivo do plantio, compreensão de que frutas e legumes que acabam estragando na fruteira ou geladeira podem ser reaproveitados, pois suas sementes após extraídas e secas, ainda podem ser plantadas, oferecendo alimentos saudáveis e livres de agrotóxicos e outras substâncias defensivas. Para esse plantio podem ser utilizadas garrafas pets, embalagens de leite ou embalagens plásticas. Os restantes dos resíduos orgânicos podem ser aproveitados para compostagem e o aproveitamento dos recicláveis evita que seu destino seja em locais inapropriados.
Iniciou-se, a partir daí, a mobilização e engajamento de todos na escola para o manuseio de sementes trazidas das casas dos alunos, ou separadas na hora da merenda escolar. A liberdade de mexer com a terra e manipular as sementes trouxe o sentimento de pertencimento e responsabilidade de cada um com o meio ambiente.
A iniciativa atende a ODS 17 da Agenda 2030 e toda comunidade está de parabéns. Através da vice-diretora Ana Lúcia Fonseca parabenizo as professoras, os alunos, funcionários e os pais, já que o sucesso desta iniciativa sempre dependeu da união de todos estes atores da comunidade escolar e o maior presente quem ganha é a nossa cidade e o planeta.
Luís Alberto de Moraes – @luis.alb – Autor do livro “Costurando o Tempo – dos Caminhos que Passei”