A corrupção no Brasil chegou junto com Pedro Álvares Cabral. Há mais de 500 anos. Uma boa quantidade de safados veio nas caravelas portuguesas e as primeiras vítimas foram os índios. Desde então é o ‘esporte’ preferido e que melhor se pratica neste País, que alguns imbecis insistem em dizer que é a pátria de Deus. Sempre há um ignorante a bradar: Deus é brasileiro!
Não só não é, como não corrobora com o crime de lesa-pátria que se comete diariamente, qual seja, o de enfiar a mão no bolso do cidadão, do trabalhador, de impor a miséria a milhões de brasileiros.
O único e raro momento que a Nação experimentou de combate à ladroagem que vagabundos travestidos de políticos perpetraram, foi propiciado pela Operação Lava Jato, agora colocada no banco dos réus por decisão do ministro do Supremo, Edson Fachin. É praticamente impossível, a qualquer mortal, entender aquilo que é feito, de modo geral, pela Corte maior do País, quando o assunto envolve a classe política.
Tudo o que foi investigado, descoberto, os bilhões de dólares enviados ao exterior, enriquecimento ilícito, a inacreditável quebra da maior empresa brasileira e uma das vinte maiores do mundo, a Petrobras, não foi obra de nenhum político, de nenhum empresário, de nenhum servidor público colocado em cargo de comando, nem dinheiro algum foi desviado. Não!
É isso que diz a decisão tomada e que coloca suspeição sobre o trabalho do juiz Sérgio Moro, cujas conversas com os procuradores da operação, conseguidas de forma clandestina, perfeitamente plausíveis em investigações, serviu de senha para se duvidar da lisura da operação.
Não sei onde toda essa falta de ordem jurídica vai dar. Não sei que caminhos este País vai trilhar depois dessa hecatombe patrocinada pelo Supremo. Não sei até quando o Brasil vai depender de presidentes da República a indicar ministros à Corte, indicações pessoais e políticas.
O povo brasileiro está estarrecido com tudo aquilo que o Judiciário faz, em especial quanto à corrupção.
Com todo o procedimento anulado, Lula pode cobrar judicialmente uma quantia milionária por danos morais, danos físicos, danos psicológicos, pelos mais de 500 dias preso em Curitiba. Afinal, Lula não fez nada. O ministro Edson Fachin é que atesta isso.
Os empresários e demais políticos presos, como José Dirceu, Eduardo Cunha, Sérgio Cabral, tesoureiros do PT, deputados e senadores, também podem pedir reparação.
E que se prendam o juiz Sérgio Moro e todos os procuradores do Ministério Público Federal, afinal, o símbolo do que de pior possa existir na administração pública, nunca existiu, é algo fantasioso, jamais houve corrupção no Brasil.