Todos os anos, com a chegada do outono, as oscilações de temperatura e baixa umidade relativa do ar tornam o clima mais seco e aumenta a concentração de poluentes na atmosfera. Isso aliado às baixas temperaturas e poluição do ar, aumentam os riscos de doenças respiratórias e cardiovasculares. As alterações climáticas desta estação é um gatilho a diversas doenças respiratórias como resfriado, gripe, crise de asma, bronquite, sinusite e pneumonia. Os principais vilões são os vírus respiratórios que causam o resfriado e a gripe, sendo transmissíveis por gotículas respiratórias.
As instituições hospitalatres registram um aumento de 30 a 40% no atendimento a pacientes com doenças respiratórias e cardiovasculares durante o outono/inverno e as crianças e os idosos são os mais suscetíveis. Os ambientes fechados são propícios para a disseminação dos vírus, pois as gotículas respiratórias também contaminam o ambiente. Por isso, é importante manter ambientes ventilados e lavar as mãos com frequência.
Segundo os especialistas, as bactérias causadoras da pneumonia e da sinusite muitas vezes se aproveitam da queda da imunidade e das defesas do organismo ocasionadas pelas infecções virais e por isso devemos ficar atentos quando um simples resfriado permanece por muito tempo e se associa a febre mais alta e cansaço.
Para os que já sofrem de doenças respiratórias crônicas como enfisema, asma, bronquite crônica ou doenças cardiovasculares como insuficiência cardíaca, arritmias e insuficiência coronariana, é importante enfrentar o frio com a saúde em dia. “Uma reavaliação médica antes da chegada do frio é uma boa oportunidade para se preparar, além de verificar se as vacinas estão em dia”, alertam os médicos.
O organismo e as variações de temperatura:
Os cardiologistas alertam para o aumento da pressão arterial e da tendência à coagulação do sangue ocorrem com a exposição ao frio, e podem estar envolvidas com o maior risco de doenças cardiovasculares como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e arritmias.
Por outro lado, a exposição à poluição, típica de um dia mais seco, também pode levar ao aumento da coagulação do sangue e inflamação sistêmica – que estão associados aos eventos trombóticos que ocorrem no infarto e acidente vascular cerebral.
Além disso, as infecções respiratórias também podem gerar ainda mais estresse para o organismo, e acentuar ainda mais os riscos. Por isso, durante o inverno, as doenças cardiovasculares são mais frequentes, sendo assim, se proteger e estar alerta é a recomendação.
O organismo reage de acordo com a variação de temperatura, poluição e umidade do ar. “Aquecer o ambiente de casa ou trabalho, se proteger durante as mudanças de temperatura com luvas e casacos são algumas medidas preventivas nos dias mais frios. Nos dias secos, evitar exercícios físicos no meio do dia e perto de vias de grande circulação e ingerir bastante líquido”, dizem os especialistas.
Dicas úteis
– Mantenha o organismo hidratado
– Evite fumar ou se expor a ambientes com muita poeira ou fumaça
– Mantenha o ambiente arejado. As bactérias e vírus se disseminam em ambientes fechados
– Lave as mãos com frequência
– Mantenha as vacinas em dia
– Aqueça o ambiente de trabalho e da casa nos dias mais frios, mantendo a umidade adequada
– Utilize roupas adequadas e luvas quando houver necessidade de se expor ao ar livre em dias frios
– Mantenha hábitos saudáveis como tempo de sono adequado, alimentação saudável, exercícios físicos. (Da Redação – Foto: Shutterstock)