Nos últimos dias me debrucei sobre questões ligadas ao Legislativo e pesquisei sobre a atuação dos senhores edis, que dentro de mais alguns dias encerram o segundo ano desta legislatura. Sinceramente fiquei espantado com a falta de iniciativa e a produção de leis inócuas, sem alcance social e a falta de comprometimento com o que venha a ser representatividade.
Alertado que fui por aqueles que conhecem a fundo a Câmara, observei uma montanha, isso mesmo, uma montanha de indicações e moções, a maioria de apelo, que fico aqui a imaginar se não teria sido melhor apelar para Deus, ao invés do prefeito. Mais de 90% delas com igual conteúdo a de outras tantas já produzidas em legislaturas anteriores.
É um problema crônico, que está arraigado nos vereadores. Longe de representar os interesses da população, preocupam-se mais com questões predominantemente pessoais. E isso não é privilégio da atual composição. Remonta, se eu não estiver enganado, a Pedro Álvares Cabral.
Claro que não imaginamos que do dia para a noite os vereadores tenham a compreensão de que foram eleitos para representar os cidadãos. Mas poderiam tentar. Ao menos isso, pois recebem polpudos salários, muito acima do que recebe a maioria dos mortais.
De volta ao estudo, o custo-benefício da Câmara é altamente lesivo à cidade. É um repetir infindável do que fizeram os antecessores, sem perspectiva de que um dia possa, de fato, propor e debater projetos que não beirem o folclore, o deboche, a galhofa, e que tem servido única e exclusivamente à pilhéria.
Se não tivesse atentamente olhado para a composição atual, teria comigo que os vereadores são os mesmos, desde sempre.