OS VEREADORES não votaram o Orçamento 2018, o que deve ser feito nas próximas duas semanas. O texto original, no entanto, trouxe fatia menor para o setor da Saúde, em relação ao montante deste ano, o que gerou críticas por parte dos segmentos organizados da sociedade e dos próprios funcionários da pasta.
Apesar de muito prometer, o prefeito Aiacyda mais uma vez relegou a Saúde a plano secundário. O Orçamento estima as receitas para o setor em R$ 46,4 milhões, que é 1,72% menor que o deste ano, de R$ 47,2 milhões, que se mostrou insuficiente para atender a demanda da população que depende da Saúde Pública.
Uma das mais antigas funcionárias sintetizou o que deverá ser a Saúde em 2018: “É inacreditável o que acontece em Mairiporã. A saúde, há muitos anos, é capenga, penaliza quem dela precisa e agora vamos ter que limitar ainda mais o atendimento, pois o dinheiro será menor. Este ano tivemos problemas principalmente com medicamentos, e o orçamento é um pouco maior. Não sei como vai ser, nem o que dizer à população”, assinalou.
Os vereadores ainda não se manifestaram e não se sabe se há emendas que proponham aumento para a Saúde.
Alguns médicos também se mostraram descrentes e um deles disse: “A gente concluiu que o investimento na Saúde vem sendo reduzido nos últimos anos, mesmo o setor sendo prioridade, inclusive nos discursos do prefeito. E o que vemos é uma saúde cada vez mais relegada a plano secundário, na verdade subfinanciada.”
Em conversa com a reportagem, um assessor do prefeito se limitou a dizer que o percentual está dentro do previsto em lei, e que a proposta está em acordo com as capacidades orçamentárias previstas para o ano que vem.