Uma vez que o banco não existe mais, posso então mencioná-lo aqui, pois não terá sido propaganda: “o tempo passa, o tempo voa e a poupança Bamerindus continua numa boa”. Me lembro desse comercial e se você nunca ouviu nada a respeito de um banco com o nome de Bamerindus, deve ter menos de trinta anos. O tempo voa e por aqui acho sempre válido valorizar o presente.
Ressalto a importância de viver plenamente o momento, pois é nele que a vida acontece. Ele nos lembra que o tempo é um presente divino e que devemos aproveitá-lo da melhor maneira possível, valorizando cada instante. Aprender com ele e aceitar o convite quanto às experiências que o cotidiano nos proporciona, alegrias e dificuldades, pois cada momento deve ser encarado como oportunidade de crescer e amadurecer.
Quando o rosto vai ficando diferente e eu olho minhas fotos de anos atrás, dá um frio na barriga de perceber a diferença. Não adianta lamentar e para mim e para você talvez seja um grande desafio aceitar e compreender a natureza transitória do tempo. Ele nos lembra que tudo na vida é passageiro e que é fundamental aprender a lidar com as mudanças e os ciclos naturais do tempo. É sempre tempo de transformação e de cultivar a esperança e a fé mesmo nos momentos mais difíceis.
O amadurecimento e o tempo desempenham papéis essenciais em várias áreas da vida, desde o desenvolvimento pessoal até o crescimento profissional e social. Amadurecer é essencial, pois a compreensão de tudo fica mais profunda. Não apenas a nossa sobre nós mesmos, mas dos outros e do mundo ao nosso redor. Isso geralmente resulta em maior capacidade de tomar decisões conscientes e responsáveis, lidar com desafios e enfrentar adversidades com resiliência.
Ao longo do tempo aperfeiçoamos as relações interpessoais e aumentamos a tendência por desenvolver uma maior empatia, compreensão e habilidades de comunicação, o que pode levar a relacionamentos mais saudáveis. Acredito que até mesmo o sucesso profissional é afetado, já que decisões ponderadas e o equilibro no momento do conflito, abre margem para avançar.
A tal da resiliência é a palavra do momento e sem dúvida um grande diferencial é o de ter a hablidade para lidar com o estresse, superar obstáculos e se adaptar às mudanças de um jeito mais profundo. As próprias emoções, valores, forças e fraquezas levam a uma maior autoconfiança.
Antigamente a gente aprendia que no momento que o pavio ficasse curto, era só contar até dez. Hoje, dez segundos são quase eternos em um mundo tão dinâmico. Eu, que sou o cara das palavras, tenho certeza de que a comunicação com paciência é fruto do amadurecimento. Vem do fato de ter errado tanto e tantas vezes. Há erros que precisei cometê-los tanto quanto pude.
Há momentos em que foi dificil criar vergonha na cara, mas cheguei até aqui. Se você chegou também e acredita que falta muito para ficar no ponto, faça isso desde hoje, pois o amanhã está no útero e ontem no túmulo, então hoje não pode ser desperdiçado.
Luís Alberto de Moraes – @luis.alb – Autor do livro “Costurando o Tempo – dos Caminhos que Passei”
