O entregador de senhas

Não é nenhuma novidade o prefeito senhor Antônio Aiacyda tomar decisões mesmo sem saber quais as consequências que elas vão resultar. Foi assim com a cobrança do IPTU no ano passado, reduzindo drasticamente as agências em que o imposto poderia ser quitado.
Agora, em mais um ato administrativo confuso, determinou que qualquer cidadão que procure pela Prefeitura seja obrigado a retirar a senha de atendimento das mãos de uma funcionária adredemente escalada, e que para essa servidora confesse até o que não precisa, ou seja, onde vai, com quem quer falar, qual o assunto, o objetivo da conversa, enfim, não respostas, mas um verdadeiro depoimento.
Até escalar uma funcionária para atender e encaminhar as pessoas às repartições corretas, dá para entender, pois nem todo mundo sabe a qual setor recorrer. O que não se aceita, é que o(a) funcionário fique emitindo pareceres técnicos daquilo que não conhece (caso contrário não estaria entregando senha) nem tentando ele mesmo resolver os problemas.
A semana próxima passada uma senhora foi procurar o departamento de dúvida ativa para fazer um parcelamento do débito, levando o número de cadastro do lote, e o nome do loteamento e do loteador. A funcionária então se achou no direito de dizer que ela não poderia comprar o lote em razão de esta r em nome de espólio e que existia dívida ativa.
Ora, essa ou esse servidor extrapola sua competência, e deveria se limitar a fornecer a senha, pois não tem conhecimento sobre qualquer assunto para emitir opiniões.
Fico na dúvida, pois não conheço quem entrega as senhas, se se trata de um servidor de carreira ou um daqueles comissionados que, não tendo onde ficar, foi ‘premiado’ com a ‘honrosa’ função de distribuidor de senhas. O prefeito deveria ter um mínimo de coerência. É por esta e outras razões que o contribuinte, já cansado de ver seu dinheiro mal empregado, deixa de pagar impostos.