O alerta da dengue

O crescente número de casos de dengue por todo o Brasil é preocupante sob todos os aspectos. Em muitos municípios já se contabilizam vítimas fatais, em preocupante escala de acontecimentos. E é justamente na Região Sudeste, onde está o Estado de São Paulo, que os dados são alarmantes e levou os governantes a decretarem estado de emergência.

Sem a necessária quantidade de vacina que possa imunizar a população, os municípios da região do Cimbaju estão vulneráveis à ação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, que por sua natureza se reproduz em velocidade espantosa, especialmente com o forte calor que tem assolado a população. Claro que dentre outros fatores para a proliferação do mosquito, está a negligência das pessoas, que pouca ou nenhuma importância dispensam à dengue e outras doenças e fingem não entender os alertas divulgados em larga escala nos meios de comunicação.

A Prefeitura de Mairiporã, através da Secretaria da Saúde, tem feito a sua parte, inclusive com plantões aos finais de semana, que englobam a conscientização do problema, visita casa a casa, armadilha para criadouros, operação cata-treco, que recolhe o entulho depositado nas ruas, medidas que, de certo modo, ajudaram a cidade a manter números baixos, se confrontados com os de outras localidades.

Por outro lado, se faz necessária uma ação firme dos prefeitos da região, em cobrar das autoridades sanitárias nacionais que as cidades sejam incluídas na lista daquelas para receber doses de imunizantes. Desde que foi anunciada a vacinação contra a dengue, Mairiporã e suas vizinhas não foram beneficiadas. Aliás, a quantidade de vacinas disponibilizadas beira o absurdo, diante do quadro que se registra e do volume de infectados.

Outra preocupação, segundo os sanitaristas, é que o pico da dengue acontecerá em épocas diferentes no País, porém sem precisar um prazo para início e término e qual o tamanho do impacto nas pessoas.

É chegada a hora de conversar com os vizinhos, denunciar os que infringem as medidas adotadas, tomar providências gerais de limpeza, intimar donos de terrenos baldios, multá-los se for o caso, limpar margens de córregos que concentram lixo e materiais descartáveis que se transformam em criadouros, enfim, não dar brechas para que o mosquito prolifere de forma a colocar em risco a saúde de todos.

É preciso ter em mente que, em muitos casos, a dengue mata!