Segundo pesquisa realizada pela consultoria PWC, o volume de transações digitais no mundo deve aumentar cerca de 80% até 2025, podendo chegar a quase 2 trilhões de transações por ano. Até o final de 2030, esse total deve quase triplicar.
Os dados demonstram que, incentivado pela pandemia da Covid-19, as carteiras digitais estão ganhando cada vez mais espaço na rotina dos indivíduos ao redor do mundo.
Isso se reflete mais fortemente nas populações mais jovens: 60% dos que tem entre 18 e 24 anos confiam nas carteiras digitais. Esse número sobe para 70% quando se olha para a classe A.
Carteiras digitais são dispositivos eletrônicos que permitem que sejam realizadas transações eletrônicas. É uma espécie de versão digital da sua conta bancária e cartões, acessíveis por meio de celulares, tablets e computadores. Dessa forma, elas substituem a carteira física – daí o nome.
A “desmaterialização” dos produtos e serviços transformou os meios de pagamentos bancários, permitindo com que atividades como fazer uma transferência de dinheiro, pagar um boleto, até guardar passagens aéreas e ingressos pudessem ser feitas através de um único aplicativo, 100% online.
Riscos – Essa centralização dos serviços, inegavelmente prática, não vem desacompanhada de riscos: em caso de furto ou roubo, a ameaça vai muito além do próprio aparelho.
Marco Zanini, especialista em segurança digital, aponta a engenharia social como a principal causa dos golpes digitais. Para ele, como esses usuários não têm experiência no mundo digital, há mais vulnerabilidade.
Além disso, as companhias acabaram privilegiando a usabilidade. Ter uma experiência prática e agradável de uso acabou sobrepondo aspectos de segurança – na facilidade de mudar a senha de acesso ou movimentar fundos, por exemplo.
“A reclamação dos próprios usuários faz os aplicativos ficarem mais seguros e mais sofisticados”, explica. (Da Redação/ Com CNN Brasil/Foto: Marcello Casal Jr./ABR)