Número de pedintes cresce por toda a cidade

Há 521 anos o brasileiro sabe o que é desigualdade social. O Brasil sempre teve essa problemática escancarada e pouca ação efetiva para que o problema seja sanado. Com dimensões continentais, o país sofre hoje com 14,4 milhões de desempregados, o equivalente a 14,2 % da população. Os dados do IBGE mostram o aumento do desemprego nos últimos dois anos: em 2019 a taxa de desemprego era de 11,9% e no ano passado, 13,5%. Claramente a pandemia da Covid-19 agravou o desemprego e a consequência disso ainda reflete agora em 2021, com o aumento da desigualdade social que continua crescente e notória pelas ruas dos municípios brasileiros.

Em Mairiporã, com população estimada em 103 mil, também se vê nas ruas o reflexo da pandemia que infelizmente ceifou 257 vidas bragantinas, mas também deixou um número muito maior que esse de desempregados.

O que se vê em um momento em que a vida está quase voltando a rotina do mundo pré-pandêmico, é o aumento de pedintes pelas ruas. Em vários pontos comerciais, saída de supermercado e farmácia, portas de bancos há alguém na mendicância, pedindo qualquer tipo de ajuda, seja em dinheiro, seja em alimento. A situação está se agravando, pois além dos pedintes, há vendedores ambulantes sempre ofertando um doce, uma água, panos de prato e de chão, etc. A realidade é triste, e difícil identificar os que realmente necessitam, daqueles que aproveitam a ocasião.

O que fazer? – Em Mairiporã também houve aumento de pessoas em vulnerabilidade social, e os órgãos que cuidam da questão, Fundo Social, CRAS, Secretaria da Assistência Social tem feito aquilo que é possível para minorar o problema.

Segundo o Fundo Social, há inúmeros serviços prestados pelo município, que possibilitam a acolhida na rede sócio assistencial, contribuindo para construção de novos projetos de vida e na redução e prevenção de isolamento social, através do atendimento psicossocial, busca ativa, visita domiciliar, escuta qualificada, acompanhamento especializado, higiene pessoal, alimentação, passagem e articulação em rede e ainda um trabalho psicossocial no resgate da dignidade da pessoa humana, que potencializa as oportunidades para que o usuário possa romper com a situação de rua e suas vulnerabilidades sociais.

Segurança – Paralelamente ao problema da mendicância, há também o problema relacionado com a segurança pública, pois muitas vezes aqueles que se negam a dar auxílio sofrem agressões verbais e materiais.

Enquanto isso, a desigualdade cresce escancaradamente e mais vez a população paga a conta de quem deveria prover essas pessoas. (Da Reportagem)