Número de MEIs aumenta diante da escalada do desemprego formal

A CATEGORIA do MEI (Microempreendedor Individual) cresce exponencialmente em milhares de municípios desde 2009, quando foi criada, tendo registrado um aumento superior a 1.100% em 10 anos na cidade.
Segundo o Portal do MEI, do governo federal, os microempreendedores somavam 295 em Mairiporã em 2010, um ano após a criação dessa figura jurídica, passando a 3.564 em maio de 2019.
Com a crise econômica no País, o crescimento dos pequenos negócios se manteve com tendência de alta, registrando um aumento de 59,2% entre 2015 (2.330 mil microempreendedores) até este maio deste ano. Nenhum outro setor da economia subiu tanto nesse período.
O crescimento se explica por três fatores, segundo nota explicativa do Sebrae: “A crise leva as pessoas a conhecer melhor o que é o MEI e a mudança de comportamento da economia, com mais pessoas jurídicas e menos contratados pelo regime da CLT. A figura do MEI foi criada para tirar da margem as pessoas que estavam na informalidade. Agora há um entendimento melhor desta figura jurídica. Em resumo, trata-se de um empresário com direitos de empregado.”
De acordo com o Sebrae, maior apoiador do MEI, há mais de 500 atividades para microempreendedores que podem render até R$ 81 mil por ano, além da possibilidade de contratar um funcionário. Há cerca de 8,3 milhões de microempreendedores no Brasil, sendo mais de 2,2 milhões apenas em São Paulo. “Tornar-se MEI é fácil, o desafio é se manter no mercado. Tem que formalizar a licença na Prefeitura e ter um bom plano de negócios”, diz a nota.