Número de famílias pobres se mantém na cidade

Mairiporã registrou estabilidade no número de famílias que dependem de programas sociais, com aumento de 43 unidades familiares entre abril e agosto deste ano. Se no primeiro quadrimestre eram 3.934 famílias atendidas e em situação de pobreza ou extrema pobreza, em agosto o total de beneficiários chegou a 3.977. Passou de 11.077 pessoas para 11.240.

Em abril as pessoas beneficiadas equivaliam a 10% da população total do município, abrangendo 2.163 famílias que, sem o programa, estariam em condição de extrema pobreza. Em agosto, esse número passou a ser de 2.233.

Em agosto foram transferidos R$ 245.719,00 às famílias em Mairiporã, benefício médio de3 R$ 62,80 por família. O valor e os tipos de benefícios recebidos pelas variam de acordo com o perfil de renda, tamanho e composição familiar (se há crianças, adolescentes, gestantes ou nutrizes na família, por exemplo).

CadÚnico – informações sobre o Cadastro Único, que consta no site do Ministério da Cidade, se referem a junho. Naquele mês Mairiporã contabilizava 11.155 famílias, das quais 7.292 com cadastro atualizado nos últimos dois anos, 7.750 famílias com renda até ½ salário mínimo e 5.229 famílias com renda até ½ salário mínimo com o cadastro atualizado.

A Taxa de Atualização Cadastral (TAC) do município é de 67,47%, enquanto que a média nacional encontra-se em 64,39%. A TAC é calculada dividindo o número de famílias cadastradas com renda mensal per capita de até ½ salário mínimo com cadastro atualizado pelo total de famílias cadastradas com renda mensal per capita de até ½ salário mínimo, multiplicado por cem.

O Cadastro Único é a base de dados do Governo Federal onde estão registradas as informações socioeconômicas das famílias de baixa renda domiciliadas no território brasileiro. É com base nesses dados que o Governo Federal concede benefícios e serviços de programas sociais, como Tarifa Social de Energia Elétrica, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Bolsa Família, entre outros, inclusive o Auxílio Emergencial.

Pobreza – Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) de julho de 2021 apontam que houve aumento no número de pessoas em situação de extrema pobreza. Em março de 2020, início da pandemia, eram 13,5 milhões de pessoas nessa condição, contingente que em marços deste ano teve o acréscimo de 784 mil pessoas, 5,8% de aumento.

Já a FGV (Fundação Getúlio Vagar) revela que em seis meses triplicou o número de brasileiros que vivem na pobreza. Passou de 9,5 milhões em agosto do ano passado, para mais de 27 milhões em fevereiro de 2021.