O número de jovens com 16 e 17 anos que podem votar nas eleições de outubro diminui 5,1% em Mairiporã na comparação com o último pleito, em 2016. Naquela oportunidade eram 555 e este ano somam 528, ou seja, perda de 27 eleitores. Os rapazes são maioria (427).
Jovens nessa faixa etária, assim como analfabetos e idosos acima de 70 anos não são obrigados a votar. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), relativos a junho deste ano, essa faixa etária representa 0,86% do total de 61.289 eleitores da cidade. Nas eleições municipais há dois anos, esse percentual era de 0,92%.
Desestimulo – O interesse de adolescentes em votar, inclusive entre aqueles que o farão pela primeira vez, é muito pequeno nas cidades do interior, e nem mesmo a forte presença em redes sociais, segundo especialistas, ambiente em que os candidatos divulgam seus programas e propostas, serve de estímulo para que os jovens façam o cadastramento eleitoral.
Em período de descrença política, o engajamento de jovens é mais complicado, e até em questões alheias à política. Houve um instante em que isso parecia ser possível, em 2013, através de movimentos como o Vem Pra Rua e MBL, mas que não foram suficientes para incentivar a participação no processo eleitoral, a começar pela inscrição como eleitor.
Jovens ouvidos pela reportagem disseram que se não há interesse da juventude no processo político, a contrapartida também é verdadeira, ou seja, os políticos não esperam nada dos jovens, muito menos que votem.