Novas escolhas

Os candidatos a governar Mairiporã pelos próximos quatro anos já são conhecidos. Ao menos três, até prova em contrário, estão na briga pela principal cadeira do Palácio Tibiriçá.

Neste momento vivenciado por Mairiporã, com empresas fechando as portas, milhares de trabalhadores desempregados e problemas sem solução, o que se espera é que os eleitores reflitam sobre aquilo que desejam para si e para a cidade. Mairiporã hoje é a quarta economia da região (já foi a segunda) e não dá sinais de desenvolvimento. Aliás, o atual prefeito fez muito pouco para que a economia se fortalecesse.

Não se pode mais aceitar situações até corriqueiras, em que indivíduos se comprometem, empenham a palavra e, por razões diversas, deixam de cumprir o que estava combinado.

Mesmo não tendo exclusividade deste mister, a classe política é um dos setores que mais se especializaram em esquecer o que havia dito. Não poucas são as situações em que fica nítido que as declarações e promessas são dadas apenas como forma de livrar-se temporariamente de um problema ou de obter benefício sobre o infortúnio alheio. Depois, se não for possível chegar a bom termo, arruma-se uma justificativa qualquer, aposta-se na falta de memória das pessoas ou, pior, pensa-se em uma desculpa. Isso ocorre em todos as esferas. Integrantes do Executivo e do Legislativo se esmeram na arte de demonstrar interesse pelos mais diversos assuntos. Mas isso não significa que, efetivamente, vão se empenhar na resolução das queixas e, muito menos, aos prazos propostos por eles mesmos.

Mairiporã precisa com urgência mudar de rumo, privilegiar novas escolhas, cessar o que aí está, velho, decadente, sem projeções para o futuro e com isso pensar no futuro, pois hoje a cidade ultrapassou a barreira dos 100 mil habitantes e isso, na prática, é sinônimo de mais problemas para o poder público.

O atual governante se despede do terceiro mandato, tempo mais que suficiente para mostrar o que podia fazer e não fez. Mesmo assim quer mais um período e fazer mais do mesmo, que na prática, para a cidade, não é mais do mesmo, é menos que isso.

Também com relação à Câmara de Vereadores a receita é a mesma: mudar. Os veteranos já deveriam estar em suas casas e os novatos, que entraram em 2016 e padeceram dos mesmos vícios daqueles a quem sucederam, também voltar aos seus afazeres de antes.