O Tribunal Superior Eleitoral e o Congresso ainda não definiram a data das eleições municipais. Mas é certo que a escolha de prefeitos e vereadores será em 2020. O mais provável, diante das informações veiculadas nos últimos dias, é que seja em novembro (e onde tiver segundo turno, em dezembro).
Vai ser a mais atípica disputa eleitoral da história do País, já que a pandemia do novo coronavírus, em grande medida, corroeu a economia nacional e drenou recursos dos cofres públicos quase que na mesma velocidade. Além do socorro a Estados e Municípios, também foi necessário prover a população com auxílios financeiros, o que resultou em perda de receitas oriundas de taxas e impostos.
Isso tudo vai ter reflexo na escolha dos novos dirigentes municipais e não será diferente em Mairiporã. Mesmo em meio às dificuldades, o jogo do xadrez eleitoral começa a ser definido e quatro nomes já estão postos no tabuleiro. Embora improvável, pode ser que surjam outros mais até que seja dada a largada às convenções partidárias, em 20 de julho.
Certeza mesmo é que nem todos os nomes (candidatos majoritários e proporcionais) estarão nas urnas. O jogo começa mas, a cada movimento das peças aparecem acomodações, composições, desistências e o principal: falta de dinheiro. Sim, neste 2020 candidatos vão ter que usar de outros expedientes porque recursos não vão existir. O fundo partidário, como políticos em esfera municipal bem sabem, ficam em poder dos diretórios nacionais.
Em meio a esse quadro, no mínimo inusitado, é preciso ter coragem para colocar o nome à disposição do eleitor e encarar o desafio de buscar uma vaga no Palácio Tibiriçá ou dentre as 13 na Câmara de Vereadores.
Os nomes já colocados na cidade tem diferentes ideologias, se é que de fato algum deles as possuem, e vão desde caciques que resistem ao tempo a neófitos sem nenhuma experiência em gestão, porém sem vícios.
O que precisa ficar evidenciado, aos postulantes, é que a tarefa de governar Mairiporã a partir de 2021, pós-pandemia, com cenário de terra arrasada, será trabalho para gestores na acepção do termo, mas principalmente para abnegados. Vai ser diferente de tudo o que já se viu na história política da cidade.