No improviso

Já se disse que se todos os anos fossem realizadas eleições municipais, nenhuma cidade teria problemas, alguns deles que são bem antigos. Isso porque, em ano eleitoral, prefeitos não medem esforços para entregar obras, mesmo que na base do improviso e, em muitos casos, pela metade. Não importa. O importante é fazer vitrine para o incauto eleitor.

Em Mairiporã, em rápida passagem por vários bairros, é possível notar a correria do prefeito, senhor Antônio Aiacyda, em concluir o que considera importante e que pode resultar em votos nas urnas.

Pinturas, inclusive de árvores, sinalização viária e concretagem de vias estão no cardápio da administração neste momento que antecede o início da campanha eleitoral. A correria tem razão de ser: a partir deste sábado, prefeito e vereadores não poderão mais participar de inaugurações e nem prometer novas obras.

Se a correria é grande, em igual tamanho é o discurso durante visitas a esses bairros. Tudo em nome do voto, que me parece cada vez mais difícil, em ano cujo resultado eleitoral é uma incógnita.

Se tem obra, mesmo que mal acaba, tem pai. E como tem! Vereadores praticamente disputam à tapa quem é o autor daquilo que está sendo entregue e os mais espertos puxam para si a autoria daquilo que não fizeram.

Lamentavelmente, como frisei no início, não temos eleições todos os anos. Mas também não posso me furtar a dizer que mesmo na correria, certos problemas se mantém ao longo dos anos. A maioria, não faz parte da lista de prioridades de prefeito e vereadores, nem mesmo em tempo de desenfreada corrida atrás do voto.

Esse é o quadro de momento na nossa querida urbe.