Nem todo mundo gosta de doce

Existem coisas que a gente descobre sobre o mundo e as pessoas que o habitam quando deixamos de ser crianças. E a mais aterrorizante é: nem todo mundo gosta de doce.
Não, não estou falando daquelas que não comem doce por opção, para se manter na dieta ou por questões de saúde e sim daquelas que simplesmente não gostam de doce, de açúcar, preferem os salgados e dispensam as sobremesas. A primeira reação, quando um amigo ou conhecido diz que não gosta de doce, é sempre de um questionamento desconfiado: é possível alguém não gostar de doce? Não gosta de algum doce em particular ou de todo e qualquer tipo de doce? Porque deve existir um tipo de doce que agrada o paladar da pessoa. Ou não?
A segunda reação é sempre provocadora: há quem faça questão de oferecer algum doce para a pessoa só para poder dizer, caso aceite, “achei que você não gostava de doce”. É o famoso triunfo do “eu estava certo, não estava?”
Doce é a melhor coisa que existe. Só quando o amante dos doces se dá por vencido é que a relação entre essas duas pessoas pode voltar ao normal, mas o impacto da revelação sempre irá assombrá-los.
Os efeitos que o doce gera no corpo humano são comprovados cientificamente. Dizem que o doce deixa a pessoa mais alegre, mais calma. E, mesmo assim, há quem não goste de doce. E isso é extremamente… normal. Normal porque as pessoas são diferentes e, portanto, tem gostos diferentes.  Se todo mundo comesse apenas doces, toda comida produzida seria doce e não existiriam todos os outros tipos. Uma hora ou outra todo mundo iria enjoar e comê-los deixaria de ser um prazer.
Mesmo que gere espanto lidar com as diferenças – sejam alimentícias ou não -são importantes para gerar uma sociedade feliz, mais do que as semelhanças; basta que todo mundo respeite quem gosta de doce e quem gosta de salgado.