Muito além dos 200

PASSADOS mais de 200 dias à frente da Prefeitura, Antônio Aiacyda parece não ter aprendido nada sobre a arte de governar a cidade. Mesmo com a bagagem de dois outros mandatos, insiste em cometer erros e não solucionar, ou pelo menos buscar alternativas para problemas de longa data.
O agravante de agora é que recebeu um hospital novo, ao custo de R$ 9 milhões, para colocar em funcionamento e deu de ombros, e um centro educacional, que construiu durante um de seus mandatos, que está interditado por erros em sua construção e com a ameaça de desabar, e que também custou os olhos da cara.
Esses dois exemplos são suficientes para avaliar que o prefeito pretende repetir aquilo que fez em suas passagens anteriores pelo Palácio Tibiriçá, ou seja, gastar a verba da Educação para atender aos preceitos constitucionais e pavimentar ruas. É até aí que consegue alcançar, e em sua cabeça isso já está de bom tamanho.
A persistência nessa linha errônea de raciocínio tem consequências danosas aos interesses da cidade. Já abordamos neste mesmo espaço, por dezenas de vezes, os problemas que Mairiporã enfrenta, e que datam de vinte ou trinta anos. Mas nada muda. Quando muda, ainda que timidamente, o projeto é abandonado, como é o caso do novo hospital.
Esperar que os vereadores enxerguem que esse quadro deverá ir muito além dos 200 dias, é acreditar em Papai Noel e coelhinho da Páscoa. Do Legislativo não se pode esperar muita coisa.
Fiel aos próprios compromissos, o que muda na gestão do prefeito é o número de apadrinhados políticos abrigados em cargos comissionados, que mensalmente custam uma fortuna aos cofres públicos.
Vontade política, assessores competentes e com voz e mudança radical de mentalidade integram a receita que o chefe do Executivo poderia experimentar. Pelo menos neste mandato, que promete ser o seu ‘canto do cisne’.