Mudanças

Na última semana, em mais um devaneio desta mente agitada, me peguei refletindo nas mudanças da vida. A verdade é que a vida é ciclo, é fase, é estação – e eu mudo e floresço, conforme o que brota no meu coração. Nada permanece igual por muito tempo. E por mais desafiador que as mudanças possam parecer, também são oportunidades de recomeço, novas histórias, novos aromas, novos sabores… renovação pessoal. Em um mundo que está em constante movimento, a verdadeira habilidade reside na capacidade de abraçar essas transições, aprender com elas e usar os novos começos como uma chance de criar algo melhor.

O medo do desconhecido é natural. Tudo que foge do controle ou previsibilidade tende a dar medo. É até instintivo – e foi esse instinto que nos trouxe até aqui enquanto humanidade. Mas, por vezes, mudar é preciso. E apesar da ansiedade que possa surgir ante os novos caminhos, é preciso trilhar uma nova caminhada e não permitir que o temor te paralise. Aceitá-lo é o primeiro passo deste processo. Como dizem “se der medo, vai com medo mesmo”, o importante é não ficar parado!

O segundo passo é reconhecer que mudar requer coragem. Sair daquilo que já te é conhecido pede movimento, ação, vontade. Afinal, a única coisa parada que prospera é a dengue! E eu não sou dengue. Nós não somos ‘dengue’. Então nosso progresso é intrínseco a mudanças – sobretudo as internas. Os processos de autoconhecimento trazem consigo verdadeiras transformações do ser.

As transformações externas são muitas vezes catalisadoras para profundas mudanças internas. E vice-versa. É comum, inclusive, que as mudanças externas sejam apenas reflexos das mudanças internas. Muitas vezes a gente muda tanto que precisa de novos começos, nova carreira, novo lugar para morar, novas relações… As vezes a roupa que não cabe mais não é por questões de ganho ou perda de peso, mas sim porque não representa mais aquele ser que se transformou nos últimos tempos. Isso vale para perfumes, músicas, livros, lugares, gostos de modo geral e até posicionamentos e relações.

O terceiro passo, se é que posso seguir indicando esta trilha, é a aceitação. Aceitar a impermanência da vida e do ser. Tudo muda, tudo passa. Nós não somos, nós estamos! Estamos, por ora, nessa experiência terrena, morando nesse corpo mortal e temporário, o qual um dia findará e não será mais nosso abrigo. Nós, creio que continuaremos em outro estado ou lugar, mas isso é assunto para outro dia. O assunto da vez é a mudança, a flexibilidade emocional e mental para navegar pela vida. O assunto de agora é a vida e suas transformações e recomeços.

Portanto, caro leitor, não tema a mudança. Não resista a ela. Veja-a como uma oportunidade de evolução e crescimento. Celebre como uma capacidade de novos aprendizados, como novas possibilidades. São os recomeços que tornam a vida rica, dinâmica e cheia de potencial

E eu prefiro viver assim – sei que sou mais feliz desta forma… encarando com vontade e carinho as mudanças que vida tem me oferecido. E você, caro leitor, desejo que também abrace com coragem as transformações da vida, tomando-as como uma chance de escrever um novo capítulo, mais bonito, mais verdadeiro e mais alinhado com quem você realmente é!

 

 

 

Drielli Paola – @drielli_paola. Servidora Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo. Bacharel em Direito, com pós-graduação e extensões universitárias na área jurídica. Entusiasta de psicologia, história, espiritualidade e causa animal. Apaixonada pela escrita.