Não é difícil notar que o volume de veículos rodando pela cidade diminuiu muito nos últimos dois meses. Isso se deve aos sucessivos aumentos no preço dos combustíveis. Só em agosto foram três reajustes, que em Mairiporã levou os postos a vender a gasolina próxima dos R$ 6,00 o litro e o etanol a R$ 4,50.
Em vários postos visitados pela reportagem, frentistas disseram que houve queda no consumo e no comportamento dos consumidores. “Hoje abastecem menos e com valores mais baixos”, disseram pelo menos quatro deles.
Pessoas que trabalham um pouco mais longe das residências optaram por levar a comida de casa e evitar deslocamentos na hora do almoço, pois a alimentação é um item que também subiu muito de preço e o salário não consegue acompanhar.
Também há aqueles que simplesmente decidiram andar à pé pela cidade e deixar o caso na garagem. “Ando o mínimo possível com o carro, não tem mais condições com o combustível subindo três vezes ao mês”, frisou uma vendedora que trabalha no centro.
Outros deixam de comprar comida com o vale-alimentação para abastecer o carro. Alguns postos aceitam ticket, o que facilita para muitas pessoas.
Motoristas de APP – Um dos setores que mais sofreu com o aumento do combustível é o de transportes. Motoristas de aplicativo avaliam se ainda compensa continuar na profissão. A alta no preço já levou 25% dos motoristas a desistirem das corridas.
Alguns, no entanto, foram mais radicais e desistiram da profissão. (Salvador José/CJ – Foto: Divulgação)