Mortalidade infantil cresceu no País em 2016

O BRASIL, que vinha reduzindo suas taxas de mortalidade infantil com índices melhores que a média mundial nos últimos 26 anos, teve, em 2016, o primeiro dado estatístico de retrocesso: 14 óbitos infantis a cada mil nascimentos, um aumento de aproximadamente 5% sobre o ano anterior. Ministério da Saúde culpa vírus zika e crise econômica.
Depois do dado negativo, o cenário da mortalidade infantil no País não tem prognóstico de melhora. A tendência é que ele volte a aumentar em 2017, segundo dados preliminares da Unicef.
Os dados que credenciam ao vírus zika o aumento da mortalidade, no entanto, não são conclusivos. A queda está associada à queda da cobertura de vacinação universal, protocolo em que o Brasil, até 2016, era referência internacional.
“Segundo o relatório do Unicef, entre 2015 e 2016 na América Latina a taxa ficou estacionada em 18 óbitos infantis por mil nascimentos. No mundo a tendência de redução se manteve – de 42 para 41. Para 2017, a previsão no Brasil é que a taxa fique, no mínimo, em 13,6 (contra 13,3 de 2015), mas os números oficiais ainda não estão fechados. A taxa de mortalidade infantil considera o número de mortos até um ano a cada mil nascidos vivos. Monitora-se ainda a taxa chamada de mortalidade na infância, que considera o número de crianças de até cinco anos mortas a cada mil nascidos vivos. Em 2016, morreram 36.350 crianças nessa faixa etária -19.025 nos primeiros sete dias.
Na cidade – Segundo dados da Fundação Seade, também relativos a 2016, Mairiporã tem taxa de mortalidade infantil próxima da média registrada no País, e no mesmo patamar do Estado e da Região.
De acordo com os números, são 11,81 mortos por cada mil nascidos vivos. No Estado essa taxa é de 10,91. Em contrapartida, a cidade conseguiu reduzir o número de partos feitos através de cesarianas, com 55,50% do total, média próxima às registradas nas cidades da região e no Estado.