Modernidade

O estacionamento rotativo de veículos na região central da cidade, mais conhecido por Zona Azul, é sem dúvida um modelo ultrapassado, principalmente no que se refere à fiscalização. Há certa permissividade pública quanto ao desrespeito às regras. O que o setor precisa é de opções mais eficazes para funcionar, sem que existam favorecimentos ou perseguições. Há casos, e quem estaciona no centro sabe bem, em que a fiscalização fecha os olhos, mas isso, claro, depende da cara do freguês. Há outros, em que vagas de idosos e deficientes físicos são ocupadas e não existe qualquer punição, e também veículos oficiais (chapa branca) cujos motoristas usam de expedientes nada éticos para conseguir estacionar.
O modelo que a Prefeitura deseja implantar, e soube disso através deste jornal, acerca de uma licitação que vai ser levada a efeito no final desta quinzena, através de terceirização do setor, é uma medida que vai colocar tecnologia como instrumento para facilitar não só quem fiscaliza, mas também os usuários.
Este jornal, em inúmeras oportunidades, cobrou mudanças na Zona Azul, pois quem dá uma rápida passada pelo centro, cuja maioria das ruas tem cobrança, constata não só o desrespeito ao princípio da rotatividade, como a inversão do conceito de comércio, negociação que tem lugar para comprar ou vender gêneros/bens e serviços. Zona Azul não é só vaga para estacionar, é todo um conjunto de fatores que merece estudos sérios para posterior implantação, de modo a oferecer comodidade a quem paga.
Em meio a um governo de retrocesso, fica a minha torcida para que pelo menos a Zona Azul dê sinais de modernidade.