MME: eólica e solar somadas têm 2ª maior posição na matriz energética

O Boletim Mensal de Energia de novembro de 2021, publicado neste mês, informa que a Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE), a soma do consumo nos setores econômicos menos as perdas na distribuição e transmissão, deverá crescer 4,7% em 2021.  As fontes eólicas e solar subiram 2,9 pontos percentuais na composição da matriz da OIEE, chegando a 13,4%, soma que perdeu apenas para a energia hidráulica, responsável por 56,7% da oferta total.

De acordo com os dados do Ministério de Minas e Energia (MME), com os 13,4% o Brasil já ultrapassa o indicador de energia limpa do bloco da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), estimado em 13% para 2021.

Dados do Ministério do Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, revelam a importância do setor. Nos últimos 12 meses, a geração eólica cresceu mais de 20%, e a geração solar, mais de 60%.

Nova legislação – De acordo com o Leonardo Euler, vice-presidente da Vestas para a América Latina, empresa que trabalha com a produção de turbinas de energia eólica, o Decreto 10.946, publicado em janeiro, deve ampliar a geração de energia limpa no país.

A nova legislação, que dispõe sobre o aproveitamento dos recursos naturais em águas interiores de domínio da União, deverá ampliar a área de captura eólica. Segundo Euler, com a instalação de turbinas em alto-mar em diferentes regiões do Brasil onde os ventos sopram com força, será possível aproveitar melhor o potencial eólico do país.

“E, para que o Brasil destrave todo esse potencial offshore eólico como um todo, é preciso um ambiente regulatório não só previsível, mas seguro. O decreto é certamente um passo importante nesse sentido naquilo que tange ao offshore”, disse Euler. (Agência Brasil – Foto: Jamil Bittar/direitos reservados)