Por trás de um grande homem, sempre existe uma grande mulher. Isso eu já ouvi tantas vezes que parece até simples. Na verdade quando se ouve esse tipo de frase, tão simples e tão forte, infelizmente deixa-se de ouvir, para preocupar-se apenas em escutar; porque o que a gente só escuta, fica difícil de guardar, pois no primeiro ruído mais forte, o som que interessa, já vira cochicho que a gente nem dá atenção.
Ninguém é perfeito e se decepcionar é previsivel. Por isso é que o amor pede troca, que provoque suspiros não somente pelo que receba, mas principalmente pela verdade. Com o tempo a gente se acostuma a cair, e passa muito tempo tentando encontrar o que estava todo o tempo no mesmo lugar, e que nem o tempo seria capaz de esconder, porque se deixa encontrar.
Perdemos “tardes inteiras, olhando a casa destruída” e somos fracos e feridos quando não ouvimos nosso próprio grito, que pede para ao menos “olhar para o rio”. Deus nos resgata e nos ampara todo o tempo, embora passemos muito tempo incapazes de perceber isso.
O calor dos abraços acalenta e sorrisos acalmam e dão sentido.
Não nos cabe “concertar o que fazemos”, mas aspirar todo o tempo, o perfume que andava com o vento pelo ar”. Não amar somente por tudo de bom que você diz, mas por tudo que ainda pode ouvir.
O natal pede recomeços e é tempo de reencontrar velhos motivos, renovar as razões e o poder das palavras que ganham novos sihnificados dependendo dos gestos.
Não percamos a chance! Feliz Natal!
Luís Alberto de Moraes – @luis.alb – Autor do livro “Costurando o Tempo – dos Caminhos que Passei”
