Medicamentos ficarão 4,33% mais caros a partir de segunda-feira

QUEM faz uso contínuo de medicamentos deve se preparar para gastos maiores a partir de segunda-feira, 1º de abril. O governo federal autorizou o reajuste médio de 4,33%, com base em cálculos feitos pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). O preço dos medicamentos é tabelado e neste ano o reajuste será linear para todos os produtos farmacêuticos.
O aumento de preços autorizado em 2019 ficará ligeiramente acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o principal componente da fórmula usada pela CMED para determinar o reajuste. Entre março de 2018 e fevereiro deste ano, o IPCA ficou em 3,89%. O reajuste será aplicado em 13 mil apresentações de medicamentos de diversos laboratórios.
Donos de farmácia em Mairiporã, ouvidos pela reportagem, disseram que a maioria dos clientes já se acostumou com o reajuste anual e compreende que a farmácia não consegue ignorar essa elevação dos preços que já vem dos laboratórios. “As pessoas estão acostumadas com reajustes semanais no supermercado, por exemplo, então nem reclamam dos medicamentos e, nesse caso, trata-se de uma necessidade deles”, afirma um dos farmacêuticos.
Uma alternativa aos preços mais altos são os medicamentos que integram a lista da Farmácia Popular, do governo federal, que ajudam a economizar. Há algumas linhas que integram o programa, como remédios para hipertensão, diabetes, colesterol e asma. Em Mairiporã há três farmácias que estão inscritas no programa ‘Farmácia Popular’ do governo, uma em Mairiporã e duas no distrito de Terra Preta.
O aposentado Joseval Carlos de Arruda, 76 anos, aposentado, conta que vai até a farmácia algumas vezes durante o mês com uma lista de remédios para ele e outras pessoas da família. “Em casa precisamos de cinco, seis, às vezes até oito medicamentos e boa parcela da aposentadoria fica com os remédios”, assinala. Diz ainda que sempre pesquisa em várias farmácias e que também pega alguns produtos através do programa Farmácia Popular e também nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). “Quando não tem no posto acabo comprando também”, relata.