Material escolar fica mais caro a partir da 2ª quinzena de janeiro

A compra de material escolar para os filhos deve ser apressada. O produtos, que já registram alta de preço, vão pesar ainda mais no bolso das famílias a partir da segunda quinzena deste mês. Lápis, caderno e mochila devem ser os grandes vilões, acompanhando a inflação e a alta do dólar. O aumento pode chegar a 30%.

A expectativa de materiais mais caros a partir do dia 17 deste mês, é da Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE). A retomada do ensino presencial na maioria das escolas no segundo semestre de 2021 movimentou o setor, mas sem atingir os patamares pré-pandemia. A guinada deve ocorrer agora.

“Não espere muito para o fim (de janeiro)”, dá a dica Sidnei Bergamashi, presidente da Tilibra e diretor da ABFIAE. Segundo ele, as indústrias e os importadores estão sofrendo reajustes elevados nos custos.

“São aumentos frequentes nas diversas matérias-primas como, por exemplo, papel, papelão, plástico, químicos, embalagem. Para os produtos importados, os principais impactos são a variação do dólar no Brasil, os aumentos de custos na Ásia e a elevação dos preços de fretes internacionais, decorrente da falta de containers”, afirmou.

Conforme Bergamashi, nenhum produto escapará da alta de preços. Ele, no entanto, destaca os que devem ficar mais caros. “Não espero encontrar nenhum com menos de 20% de aumento. Se você pensar em lápis, caneta, caderno e mochila, que são os principais, todos estão na faixa de 20% a 25%”.

Para proprietários de papelarias e livrarias ouvidos pelo Correio Juquery, além da expectativa no aumento das vendas, a certeza de que o consumidor deve chegar às compras ciente de que vai desembolsar mais este ano.

Diante dos valores altos, a estratégia de muitos comerciantes é oferecer melhores condições de pagamento, como descontos para as compras à vista, ou dividir em até 10 vezaes no cartão, a partir de determinada parcela mínima.

Alternativas – Com os preços nas alturas, o jeito é buscar alternativas para economizar. As dicas são pesquisar bastante, seja em lojas de rua, shopping centers e lojas on-line, pois os preços costumam oscilar muito e dado o volume de itens a serem comprados, a economia pode ser boa.

Para quem se organizou, pagar à vista, em dinheiro, pode render um bom desconto. Nessa caso, o cliente deve perguntar antes se o preço à vista é o mesmo do parcelado.

Outra forma de economizar é conversar com outros pais, seja através de grupos e fazer compras conjuntas em livrarias, editoras e no atacado. Isso aumenta a probabilidade de conseguir preços menores. (Da Reportagem – Foto: Divulgação)