Manter o retrocesso

Pelos resultados financeiros da Prefeitura, pela situação caótica da administração municipal e pela teimosia, talvez o prefeito Aiacyda (PSDB) possa estar experimentando pela primeira vez em sua vida o sentimento de impotência diante dos fatos que pode condená-lo a ser lembrado pela história como o pior e mais incompetente dos prefeitos que governaram nossa cidade desde o início da República.
A crítica fácil que comumente faz ao antecessor, como já fez em 2005, a falta de talento como gestor e a preguiça em buscar em outras instâncias o dinheiro necessário para fazer frente aos problemas da sociedade, se tornou rotina no Palácio Tibiriçá.
As consequências desse fator político-administrativo, não muito distante, ficarão para o povo lamentar. Todos sabem, ou deveriam saber, que Aiacyda não é gestor, é político, e por isso mesmo acabou eleito com expressiva votação, mas nem isso parece convencê-lo a abrir mão da sua forma de agir e pensar a cidade.
As promessas foram muitas e até agora, seis meses passados, nada foi cumprido. E a continuar assim, não serão. A humildade parece ser uma virtude que não consta do perfil do prefeito, que adora abastecer sua vaidade, ambição e a sensação de poder.
Porém, justiça seja feita, não foi eleito por mérito próprio. Seu antecessor, que realizou um bom governo, ajudou muito ao se constituir num fracasso político. Embora tenha se cercado de muitos partidos, pagou o preço da letargia inicial e da somatória de ‘raposas’ manjadas e sem expressão eleitoral. O que foi ‘novo’ em 2012 ficou velho rapidamente.
Sina ou não, o desenvolvimento de Mairiporã segue sendo retardado e pode perder o bonde da história. Diz o ditado que ‘o cavalo não passa encilhado duas vezes na mesma porta’. Esse ranço, hoje, é a marca do PSDB de Aiacyda e, para decepção do povo, contaminou toda a Câmara de Vereadores.
Nessa toada, pretensamente disfarçada de novidade e esperança, Mairiporã estará definitivamente condenada ao retrocesso, em cuja direção caminha a passos largos.